quinta-feira, 28 de maio de 2009

Conclusões dos Inquéritos realizados à comunidade escolar

No contexto da concessão do nosso projecto, utilizamos como técnica de investigação o inquérito. Nele pretendíamos saber que importância tem a Rádio para a população jovem da nossa escola, se os inquiridos consideram que a rádio trás benefícios para a sociedade, se ouvem ou não rádio, qual a estação de rádio que os jovens ouvem tanto a nível regional como nacional, se conhecem os nomes dos locutores das rádios, entre outras.
Inicialmente, pensávamos que actualmente os jovens apenas se prendiam aos novos meios de comunicação como a televisão e a internet, até porque a nossa geração é chamada pela “Geração I-pod” pois apenas têm um aparelho electrónico como o mp3, o i-pod, ou até o telemóvel, e descarregam para lá as músicas do momento que mais lhe agradam. No entanto, com a realização destes inquéritos, ficamos a saber que, ao contrário do que pensamos, esta situação não se verifica.
Foram realizados na totalidade 90 inquéritos, estando estes distribuídos por alunos do 10º, 11º e 12º ano. No entanto, e devido a incoerências de respostas, fomos obrigados a anular na totalidade três deles. A idade dos inquiridos variou entre os 15 e os 20 anos, tendo uma grande percentagem de inquiridos 17 anos. Podemos ainda dizer que cerca de 68% dos inquiridos eram do sexo feminino.
A primeira pergunta do nosso inquérito foi: “Para mim a rádio é…”. Nesta questão demos hipóteses de resposta e pedimos aos inquiridos para numerarem as respostas consoante o grau de importância, sendo o 1 mais importante e o 4/5 menos importante. Concluímos que, 53% dos inquiridos acham que a rádio é, em primeiro lugar, um modo de entretenimento, e em último lugar, cerca de 35% dos inquiridos, consideram que a rádio é uma fonte de informação. Outras opções que colocamos como resposta à pergunta e que ficaram então em segundo e terceiro lugar de importância, foram: um meio de comunicação e uma companhia para os seus ouvintes. Nesta questão fomos obrigados a anular 16 perguntas visto que não nos responderam à pergunta colocada.
Na segunda questão perguntamos: “Na tua opinião a rádio tem algum benefício para a sociedade?”. Cerca de 92% dos inquiridos respondeu que sim e 8% que não. Após a resposta a esta questão, e caso os inquiridos tenham respondido que sim, quisemos saber quais os benefícios que na opinião dos inquiridos a rádio poderia trazer para a sociedade. Para isso utilizamos o mesmo sistema da pergunta 1. Demos quatro hipóteses e os alunos teriam de assinalar o benefício mais importante com o número 1 e o menos importante com o número 2. Concluímos então que: cerca de 43% dos inquiridos considera que o benefício mais importante para a sociedade é a necessidade de divulgação de informação e 33% considera que o benefício menos importante é a rádio como companhia para os ouvintes. Outras opções que colocamos e que se encontram então em segundo e terceiro lugar foram: “A recepção de informação através deste é fácil e precisa” e “É de fácil acesso para pessoas com deficiências visuais”. Nesta questão tivemos uma única resposta à opção “outra”, nesta dizia-nos que o benefício mais importante que a rádio tem na sociedade é de ser a custo zero. No entanto, e com o apoio da pesquisa pelo grupo realizada, sabemos que tal situação não é verdadeira pois todos nós pagamos uma taxa nas nossas contas que serve para pagar a rádio mesmo que não desfrutemos dela. Tal como em outras questões fomos obrigados a anular 6 respostas.
Na terceira questão quisemos saber com que frequência os jovens da nossa escola ouvem rádio. Concluímos que: 41% dos inquiridos, como maioria, ouvem todos os dias rádio; 21% ouve a maior parte dos dias da semana; 32% dos inquiridos afirma ouvir às vezes/raramente rádio; e, apenas cerca de 5% dos inquiridos diz que não é ouvinte de rádio, isto é nunca ouve rádio.
Na quarta questão perguntamos aos inquiridos em que locais ouvem rádio com mais frequência. Concluímos que: aproximadamente 29% dos inquiridos ouve rádio com mais frequência em casa; 53%, grande maioria, ouve rádio mais frequentemente nos transportes (autocarro, carro, comboio); e, por fim, 3% diz que ouve rádio na rua. Nesta questão, cerca de 15% dos inquéritos foram anulados devido a incoerência de resposta e/ou por não terem respondido à questão colocada.
Na quinta questão pretendíamos saber que programas são mais ouvidos e apreciados pelos jovens. Nesta pergunta pedimos aos inquiridos que assinalassem duas opções das colocadas por nós. Tais respostas corresponderam ao que por nós era esperado. Isto porque: aproximadamente 73% das respostas foram direccionadas para os programas musicais; 16% para os desportivos; 30% para os programas de entretenimento; e, por ultimo, 20% das respostas direccionadas para os programas informativos. Pelos mesmos motivos dados nas outras questões, fomos obrigados a anular 25 respostas.
Na sexta questão perguntamos: “Que meio preferes utilizar para ouvir as emissões de rádio?”. As respostas a esta questão foram surpreendentes, pois nenhum de nós esperava que: 52% dos inquiridos preferem o receptor de rádio clássico; aproximadamente 15% prefere ouvir rádio no mp3; cerca de 7% prefere a internet como meio para ouvir rádio; e por volta de 6% prefere ouvir rádio no telemóvel. Foram também aqui anuladas respostas, neste caso cerca de 20% das respostas totais.
Na sétima pergunta por nós colocada, quisemos saber qual a rádio preferida a nível nacional por os nossos inquiridos. Concluímos que: 34% das preferências vão para a RFM; 9% para a Cidade FM; 8% para a Rádio Comercial; 3% igualmente para a TSF e para a Antena 3; cerca de 2% igualmente para a Rádio Clube Português e a Antena 1; e aproximadamente 1% igualmente para Antena 2, 9.3.5 e Nova Era. Nesta questão anulamos 29 respostas, principalmente pelo facto de na opção “outro” nos responderem com nomes de rádios regionais.
Na oitava questão pretendíamos saber se os inquiridos os locutores das rádios nacionais, para isso perguntamos qual era o locutor favorito a nível nacional. Nesta questão apenas 37 dos 87 dos inquiridos nos responderam. Entre as respostas dadas encontramos nomes como: José Coimbra, Carla Rocha, Nuno Markl, Fernando Alvim, Joana Azevedo, Pedro Marques, Joana Cruz, Ana Galvão, entre outros.
Na nona pergunta tínhamos por objectivo saber qual a rádio regional preferida dos nossos inquiridos. Concluímos então que: 63% dos inquiridos prefere a Rádio Caminha; aproximadamente 14% a Rádio Geice; cerca de 3% prefere a Rádio Popular Afifense; 9% prefere ouvir a Rádio Alto Minho; e, apenas 2% tem como preferência a Rádio Voz do Neiva. Nesta questão anulamos 8 respostas. Estas conclusões correspondiam exactamente aquilo que esperávamos.
Por último, na décima pergunta, tínhamos o objectivo, tal como na oitava, saber se os inquiridos conheciam os locutores, no entanto, nesta falávamos dos locutores a nível nacional. Nesta concluímos que os inquiridos não têm muito conhecimento sobre os nomes dos locutores regionais, isto porque apenas 4 inquiridos nos responderam, ficando 83 por responder. Dentro das respostas dadas pelos inquiridos que responderam encontramos: Carlos Laranjeira, Nereides Martins e Rui (Rádio Caminha).
Terminamos assim a análise dos inquéritos por nós realizados. Durante esta etapa encontramos diversas dificuldades como: a falta de tempo, a incompatibilidade dos nossos horários com os horários das turmas dos inquiridos, a falta de cooperação de alguns professores com o nosso trabalho e ainda, já na análise dos inquéritos, as respostas incoerentes por parte dos inquiridos, que nos levou a algumas anulações. Contudo também tivemos algumas facilidades, como por exemplo: a cooperação dos nossos colegas das turmas inquiridas, devido à prontidão destes, a cedência de fotocópias para os inquéritos por parte do Conselho Executivo da nossa escola, ajuda por parte do professor na elaboração do inquérito. Cremos ainda que esta etapa foi positiva, visto que foi realizada nos prazos estipulados e que as tarefas foram divididas sem grandes dificuldades.

Sem comentários: